sábado, 3 de janeiro de 2009

O tomador de decisões

Na próxima vez que for tomar uma decisão, pense um pouco sobre o processo de fazê-lo. Tenho experimentado no dia-a-dia situações muito bizarras, para dizer o mínimo. Decisões simples, mas sem a pressão do tempo, são tomadas de modo cauteloso e com bastante análise. Por outro lado decisões mais importantes muitas vezes são tomadas porque o prazo esgotou-se. Cuidado para que o prazo vencido não seja o tomador de decisões. Você é pago para isso e não o relógio ou o calendário.

Infelizmente é muito mais comum do que se imagina iniciar-se uma discussão sobre uma decisão importante a ser tomada sem que se cuide do processo decisório. Falta definir a metodologia, os prazos para brainstorming, os prazos para detalhamento das opções mais viáveis e assim por diante. O que acaba ocorrendo é uma gigantesca e desorganizada sessão de palpites, na qual não se chega a um consenso, e que acaba geralmente com alguém propondo uma “fórmula” matemática para resolver a questão, pois o tempo está acabando. No final das contas acaba-se tomando uma decisão capenga, que poderia ter sido tomada pelo menos de maneira mais rápida, já que toda a discussão não serviu para muita coisa.

Em tempos de crise financeira mundial, quando ter dinheiro em caixa é uma questão de sobrevivência para a maioria das empresas, pensa-se imediatamente em otimização de processos, que geralmente significa redução de pessoal. Bom, se assim é, quanto menos gente presa em salas de reuniões, discutindo decisões que não serão tomadas baseadas nas discussões, mas sim no deadline, melhor para a empresa. Organize suas discussões, decida quando já tiver bons argumentos e cumpra o que foi decidido. Não existe 100% de certeza, não existe 100% de um assunto esgotado, se estiver esperando por isso para decidir, sua empresa está perdendo dinheiro com você. Afinal quem toma suas decisões, você ou o tempo?